sexta-feira, 30 de julho de 2010

FOME : FOME MENOS 1 (-1)


Os seres humanos, em geral, não têm uma relação com a fome do modo animal. A relação do homem com a fome é de modo humano ( um módulo humano) , modo que muda o mundo ou : modifica a relação de coisas com pessoas e transforma também as coisas em artefactos e bens.

A indústria é, desde a idade da pedra lascada, uma actividade humana que funda a cultura. Indústria, religião, ciência, poesia, enfim, o saber e o fazer fundado neste saber ( a técnica ) que, posteriormente, num estágio avançado da industrialização, se transforma em tecnologia, as quais viram linguagens de funções na matemática, pela álgebra, e nos computadores, pelas linguagens de programação, todo esse saber vincula a língua e o homem numa relação que se completa com a forma ( não mais o modo, que diz do fazer ), ou seja, a idéia transportada para o corpo fluídico da língua.

A fome se relaciona mais expressivamente, que de fato, com o homem, é mais uma alegoria tipo o cavalo amarelo do cavaleiro do Apocalipse, que trará a fome, na visão mística, do que uma realidade ao modo do animal, o qual tem incerteza do alimento e precisa caçar para conseguí-lo cotidianamente.

Somos entes alegóricos. Aliás, o fato de ser ( criaturas que pensam o mundo) nos faz capazes de simbolismo, alegorias, parábolas, enfim, atos que se dão pelo efeito "colateral" do uso das linguagens que a língua tenta dizer, não somente através de palavras ( signos e significados), mas também por símbolos e signos sob uma norma gramatical que procura conhecer as relações e funções no espaço : matemática ( pelo "idioma" meio língua, meio linguagem, da álgebra, cuja abstração é do mais alto nível).

A fome é o que faz o animal. O gado, o gnu, o bisonte no pasto, o tigre e o leão à espreita, o guepardo de tocaia, a águia de olhos abertos e bico adunco, largas asas de grande envergadura, observando com olhos penetrantes algum lebre ou outro animal que corra na relva do vale.
Todavia, pelo contrário, a fome não faz o homem, porém o homem faz a fome, porquanto a indústria, que fornece artefatos à agricultura, produz não somente safras cada vez maiores, mas também o comércio e a e especulação que são como demônios da agricultra, outras pragas, oriundas da lei da oferta e da procura, enfim, originária da economia que permeia o meio, que quanto mais rico mais complexo se torna.

A indústria traz a fartura e a fome, ambas "pragas" interligadas ; pragas da economia, originárias das pragas naturais, que ocorrem quando há excesso e falta ; na ruptura da curvatura do equilíbrio ou o que imaginamos ou pensamos ser equilíbrio nas descrições técnicas das duas línguas humanas : a das matemáticas, com a qual a álgebra põe um determinado pedaço do universo abstracto em equações literais e a língua dos signos, que postula a realidade realizada por meio de conceitos ambientada em uma lógica contextual.

A indústria fabrica a fome em ambiente de economia, a qual é um rescaldo da praga natural, verdadeiro complexo que faz a vida e a morte girarem num amplexo cósmico que tudo retorce
( até as galáxias) na forma natural da espiral,que roda as galáxias e a vida.

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