sábado, 19 de novembro de 2011

ZEN (wikcionario wiki wik wikipedia wikisource wapedia infopedia


Gianecchini sabe que vai morrer
Eu não sei mais
e nem quero mais saber

O sabor da morte é improvável
e o provável cientificamente
estatisticamente
melancolicamente
é vaidade, Fábio
e quiçá cólica
- colite!

( Ah!, Fábio!, :
há um Fábio
(há-havia
não mais há
-agora é ó!)
numa asa de anum
num célebre soneto
da possível lavra de Gregório de Matos
(poeta dos esgares para gagares )
o qual "qual" o anum
preto-no-branco
tracejava o preto-no-branco
pintava o sete
em preto-e-branco
numa fotografia "luminosa"
- luminosa-em-iluminismo
galopante-filosofante-resfolegante!...:
opa-upa cavalo baio :
para!
antes que defeques
em escalogia apocalíptica

( O anum preto
é de um negro retinto
"como" o "colmo" no cabelo
da mulher bela
encaracolada em negras madeixas
tipo ameixas
que estudam morcegos
e filósofos-poetas
pelo sistema comum aos vegetais
que anima os animais
com alma cristã
ou pagã na alma-de-gato
a assomar nas planícies
Já o branco...
o anu-branco não é branco
mas não passa em branco
- não sei eu
o que se entenda por isso
de pássaro passar em branco-brando
no bando do léxico
e das tintas-à-pastel
ao viajar ileso
volante-adejante
pelos olhos ingênuos
de um menino que admira o voo
ama o anum
quer seja
anu-preto ou anum branco
- O negro da noite
0 não-branco na casa do xadrez
para mestre enxadrista
que joga preto-no-branco
mexe peças pretas e brancas
- enquanto o anum no bando
anu-preto ou anu-não-branco
vai chilreando
A chilrear )

Ama o anum ao menino
preto-no-branco
"qual" o jogo de xadrez
do claro-escuro à Caravaggio
no couro do corpo pintado
do-dia-e-da-noite
exposto no tabuleiro vital
- "consubstanciado"!
em anum-preto-ou-passado-pássaro-em-branco
o "qual" pia ou gorjeia
tal "qual" o Predicador
asseverava furibundo :
- pois "tudo é vanidade!"
não só no Eclesiastes
mas também em outras hastes
mais dadas ao vegetal
no pensar-práxis-vegetal
do sistema nervoso vegetativo
( putativo na lei penal )
- que é a vida
em inteligencia vegetal
calcada no mineral
outrossim em sais minerais
e ais
muitos ais
- ai-jesus!
que o homem
é sujeito a dores
sujeito-com-dores
e a vida um doer
um suplício
a supliciar e a suplicar
pela vinda do homem das dores
- também denominado de Messias
consoante soe a fonte
judaica ou cristã... )

Eu sabia
até alguns dias
andados para trás
ao modo dos antípodas
que ia morrer
estava morrendo
arfando
buscando o ar rarefeito
para peito estufar
subindo Monte Everest
arfante...

Mas já me esqueci da morte
já a olvidei deveras
e penso e creio até
que vão inventar a imortalidade
se não já a inventaram
e Elvis Presley não morreu!!!!...:
- porém tudo aquilo em não creio
incréu que sou
cético-em-ego
ególatra
demuda-me em crédulo
com uma credulidade infantil-senil
quando me deparo
com o medo da morte escura

sempre a caminho
negra pérola incrustada
no carvão e na hulha
montada num cavalo negro
ou a tremeluzir no diamante da vida
preclaro
do recém-nascido
todavia vindo por via negra
antes de nascer
o sol e o bebê
ou a lâmpada-lambda de Aladim-Edison

- Creio
não em deuses padres ou padrastos
que são trastes
estorvos à liberdade individual
fontes de políticas e políticos
- Creio
e meu credo é este
conquanto todo molhado em sarcasmos :
- que vão inventar
a vida eterna
ou nadificação do tempo
antes que eu
apague em ego
e me retire do ego-corporificado
baixe à zona escura
à sombra d morte
onde estava-não-estava
antes da vida
antes do ser
vir-a-ser em natal
- antes da natividade
me por em presépio
sendo o foco de interesse geral
- porquanto menino-jesus fui!...
e fui!

Sei no íntimo
que ficarei
para os ritos perpétuos da egolatria
perpetuados pela medicina...
nossa senhora do perpétuo socorro!
que alonga a vida
pelo oblongo que curva a eternidade
na forma de longitudinal tempo cilíndrico
que alonga-oblonga e assim ganha mais tempo
no espaço vivo em motores
e almas são motores
cantores no ar
que sopra seu som
em oboés para anjos
os quais existem enquanto ruído de motor
ruidosos no ar
em conflito com os movimentos físicos-corporais
do motor em bate-bielas e toca pistão
e do anjo melódico
soprando o pistão
nos instrumentos musicais com pistão
soprados por anjos na boca do músico
ou no calor do motor Otto
em ciclo Otto
no vasto campo da termodinâmica
e outros ritos da física
- ciência do motor
o "qual" é o espaço
( o espaço é o motor! )
criador do tempo
nos embates conflitantes de frio versus calor
fogo-água-apagou
( há uma pomba que o fogo-apagou!
em onomatopeia )
força-inercia
( centrípeta ou centrífuga força )
e tantas energias
que habilitam o tempo
para funções dadas em língua-linguagem matemática-algébrica
- o código mensageiro (anjo) do tempo-espaço
que não é eterno
( o eterno é símbolo-signo
para a antítese do tempo
nadidade filosófica posta
no ser ou verbo que a mente humana dá
põe em dados
colhidos pelos sentidos pescadores
que levam tais peixes ao pensar
- um pescar nada
clínica ou um inclinar sobre o nada
e somente assim ser
não sendo
senão paradoxo )

Ah! flor-de-lis
que me lis-lê-junto-a-florípedes
e se enflora-enfuna toda
em umbela-caravela
- com a vela de cara para o vento
e a vela padrão posta nas cefeidas
assim aproando :
Bela é a umbela...
Bella Chagall!...,
não é?!

Era morte
o que eu (tu) não era(s)
não fora em nenhuma Era
- nem em Era geológica em ego,
antes da vida?!...

Qual o parâmetro
para definir morte?
E vida e Buda
no Zen budismo...?!...

Contudo
Marconi morreu...
voltou ao breu
ao carvão-carbono e equação primordial
antes do delta-do-pensamento mineral-vegetal
- à grande noite mais escura e temida
que trevos nas trevas
- às trevas-entrelaçados-com-trevos
daqueles que nem nascituros foram...
ao esquecimento letárgico...
- ao fatídico mergulho
nas águas do rio Lettes!
( A parte recíproca dos sonhos germinados
e geminados
na alma do amigo
soçobrou no naufrágio derradeiro
quando a bolha
que continha o mundo onírico comum
estourou nele
levando uma porção de bolhas
que espocaram com ele
e não se "reciprocavam" mais com min'alma
quando o ar aqueceu
com o sol da manhã
desmanchando trevas dos olhos dos vivos
e penteando trevas nos olhos
que já não pertenciam
nem tampouco acordaram
com o amigo morto
cujo acordo com o sol
não constava mais no acórdão
que explodiu as bolhas dos sonhos
antes que o morto
preso na cova do corpo
pudesse fugir
pela bolhas
que ao surgir
na forma de sonhos
traz do fundo do corpo
a alma dormente
flutuando nas bolhas
antes que elas se arrebentem
e não possam mais servir
de transporte à alma)

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

POLÍMNIA (wikcionario wiki wik dicionario etimologia etimologico houais aurelio )

Uma língua em geóglifos
cantaria na ave...!
- está escrita no pássaro
canta na concepção melódica da ave ...:
e por essa música "geoglifada" na partitura avícola
descreve-a conceituando em genes
na forma do corpo anatômico e fisiológico
geométrico corpo
da ave concebida
quase sem pecado
não fosse a concepção geométrica do ser
que apaga o ente
Essa linguagem em geoglifos
- está escrita no poeta!
porquanto na alma do poeta
canta um idioma em geoglifos!
incrustado no espírito
nada santo
e paradoxalmente todo santo
se não se apegar aos fracionamentos
a revolver o homem em camadas sedimentares
dentro do poeta
o qual sobrevive no interior do homem

Todavia o homem
- o comum dos homens
não tem o poder de ler
em idioma geoglífico
graças aos seus apodos
anodos catodos geodos
e tropos : litote antonomásia
sinédoque hipérbole metonímia
metalepsia perífrase
- graças à Polímnia! :
Musa da retórica
- graças às três graças
e graças à sua graça na garça!
ó garça no paul
branca na vela da luz solar...:
- e graças à sua graça
"Stela" bela
- beta na manhã
alfa à noite

Um idioma em geóglifos
nem pode ser lido
em logos de homem
Somente pode ser ouvido
e lido na lida da escrita
naquele ato de poeta
no vidro da vida
- mas não na literatura do poeta!,
a qual dá à ciência
um pouco da esmola sapiencial
em vocábulos polifônicos
na terminologia de Goethe
Dostoievski-Modigliani
Chopin-Champollion
Platão-Planck
Euclides-Descartes
dentre outros poetas
oriundos do fundo
- do mais profundo
das várias línguas
que são linguagens
metafísicas ou matemáticas
cuja poesia
não pode ser escrita
pintada ou esculpida
senão na alma
do ornitorrinco e do ornitólogo
do macuco e do maluco
que é o homem
( - e somos nós!
poetas soterrados
por camadas geológicas da terra
no corpo e fora do corpo
ao montes nos montes
e pelos montes amontoados
em montanhas e serras e cordilheiras
vincadas pela escrita geoglifica do sol
que não lê em cuneiforme
nem tampouco em hieróglifos
grego copta
ou sânscrito dos sânscritos )

A língua geoglífica
haurida do cosmos
desce ao anjo natural
mensageiro dos poetas
porque tão-somente os poetas vitais
virais e vitalícios
e poetisas tais
( mais que tais! :
a mulher é muito mais vital-viral-vitalícia...)
têm acesso a ela
exposta em estela
ou quando amarela
na folha de outono
escrita ali
ou na asa da borboleta amarela
que passa pelo amarelo
o amarelo-canário ou ouro
pintado no espectro dos olhos
dos pintores impressionistas
à la Claude Monet
um poeta-vaga-lume de luz radiante
- ambiente

Contudo não podem escrevê-la
na sua poesia
os poetas
- mas apenas na sua alma!,
porquanto é um código
praticamente intraduzível em outro idioma
apenas passível de versão
em outra linguagem
ou outra língua
enfim, em língua-linguagem
para além de qualquer escrita para leitura e literatura
pois não está arraigada
no depois temporal do verbo
o qual inventa e emite
um tempo para inexistência do homem
- tempo para homem morto
que não tem mais tempo
junto às ervas verdejantes
esparsas nos passos dos caminhos plantados com os pés

A aventura de traduzir
tal língua em vernáculo
ou em qualquer outro código linguístico
ou de linguagem
é algo assim como fazer tradução
do galo para o francês
ou do francês ao galo
- da antiga Gália
onde vivia o gaulês
no geodo do corpo
escrito com genes
em um código de comunicação em geóglifos
- um dentre infinitos códigos de comunicação geoglífica
se há algum infinito
em linguagem matemática "algebricada"
que pensa o todo
e mais que o todo :
o infinito
e o nada
outrossim algebrizado
- o nada que denega tudo
nos atos dos matemáticos
apóstolos dos poetas
e dos filósofos na nadificação
- do nado ao nada
( e do nada ao nado?!... )