sexta-feira, 25 de maio de 2012

SAPRÓFITOS - dicionário glossário wik dicionario glossario


Tudo no homem ou que move o ser humano é linguagem ou são linguagens, pois dentro de um código lingüístico há códices mais amplos ou que ampliam a linguagem em diversas formas de contemplar  o universo vivido e pensado.  Aliás, sem as linguagens para atender o nome ( o “nous” verbal, verbalizado no discurso escrito, falado, pensado e cantado na forma do signo e do símbolo, nos quais  estão o significante e o significado, o desenho ou imagem em modo de símbolo, que dá o significado ou conteúdo comunicado, expresso,  e na forma do signo, que dá a forma não-imagística, desligada do ícone ), o qual, nome, detalhado em conceitos que fixam o objeto da linguagem ou da ciência, é,   ou objetiva, tem por finalidade,  fim aristotélico, nomear ou descrever o objeto, que é dual : o objeto que, como o significado e o significante,  se biparte em forma, como no signo, e em conteúdo, no caso da lingüístico o significado,  porquanto o conteúdo é o ser dado pelo observador, que, ao observar, dá-lhe o ser do homem que observa, daí  a relatividade da verdade,  um valou ou axiologia referente ao ser.
O conteúdo tem mais do ser do homem que do ser de si, que se prefigura em Kant como “coisa em si”, algo não observável, mas pensável, num pensamento incômodo, crítico, fora da realidade não –pensável, ou da realidade sensível, sendo para Kant  o ser “apenas uma posição” , algo posto no mundo,  ou “positivo”, ou “não-impossível”, para ser redundante até a ênfase máxima,  como o direito posto, possível, postulado, em posição ( tese) no mundo das coisa sou natureza,  na forma do direito positivo,  ou lei,  oriundo de ato ( humano!) e que se torna fato social, jurídico, etc., extraído da da mente humana e posto ( posição, tese)  no mundo enquanto alienação do pensamento ou pensamento alienado do cérebro ; mais do que o cérebro : do pensamento ou idéia originária na mente humana ou da divindade, o ser supremo, que dá a criação suprema : a natureza, consoante a voz do divino Platão.
O outro ser pensável ( ou impensável, impensante, fora da esfera do pensamento , na transcendência, destituído de imanência) é  o “nous” ou inteligência na categoria da quantidade, que difere da categoria aristotélico-kantiana,  da qualidade,  cuja função é suscitar o nome ; esta categoria contempla ou põe no mundo a idéia de quantidade por meio do numeral. Esta categoria se expressa pelas matemáticas em suas mais variegadas linguagens, as quais visam o espaço geométrico e numérico, que são espelhos um do outro e objetos de especulação filosófica e científica, bem como artística, no sentido lato do termo arte.  A expressão da categoria em tela  é  o ser do homem refletido sob os auspícios de outras linguagens, exclusivas para exprimir as realidades e idealidades do tempo e do espaço onde estão as coisas, que  vêm ao ser humano como objetos e retornam no anel como objetivo, finalidade aristotélica.
O “nous”, ou inteligência, ou sabedoria , enfim,  só pode ser expressa comunitariamente pelos “logos “ do nome  e do número, ou nas formas de linguagens a contemplar a semiologia ou semiótica , a qual  se inclina ao estudo de signos e símbolos , ritos,  todo o conjnto signficativo ou de significados , não somente escritos e falados, mas também esparsos pela cultura e pelo corpo individual e social anatômico e fisiológico,  no sentido ou realidade simbólica ou fática desses corpos , e do número,  no ritmo corporal e social, que é movida pela musa da  música,  no mito, que  esconde a melodia calada nos gestos, e neles proporciona a aparição da  dança,
Uma melodia e ritmo escrita  apenas para o corpo  de baile ou balé, e outras danças,  a demarcar o ritmo do tempo e os contorno do espaço geométrico, seja o que seja a geometria para a cultura e o indivíduo e está no ser das matemáticas,  no corpo, em semiótica, ou na mente envolta na semiologia ( névoa?, uma certa névoa?) , na escrita dançando dentro do pensamento, nas duas formas de conhecer ou dá a conhecer e comunicar a inteligência, ou sabedoria ou “nous”,  expressa pela semiologia ou semiótica, com suas vestes, pantomimas, mitos, ritos,  enfim, tudo  que compõe a literatura não somente artística, mas também  científica, religiosa, etc.
Não obstante, há uma inteligência sobre a semiologia que a separa da  semiótica, a qual, esta última, estuda sobre todos os fenômenos de significação,  escritos ou “dançantes-cantantes-inebriantes”, impressos pelo vestuários, artefatos, enfim, de  todo e qualquer material significativo dentro de uma cultura determinada ( ou indeterminada), enquanto a semiologia se restringe a algumas leituras ou literaturas, no caso médico ou psicanalítico, a saber  : a semiologia médica ou propedêutica, por exemplo, possibilita a leitura de diagnósticos de patologias ou disfunções, partindo, destarte, o coração da semiótica, que é um estudo genérico dos sistemas de comunicação; aliás, o que a semiologia também o é, excepto quando se refere à propedêutica da medicina, , veterinária, odontológica, enfermagem e farmácia. Mas não nos envolveremos nessas dissenções ou sutilezas técnicas, que é caso de doutrina e corrente doutrinária, o que quase nunca leva a ponto pacífico , mas a entendimento vário. Aliás, o que enriquece a inteligência é a discrepância douta.
Os vocábulos  “nous”, em voz  grega, sabedoria ou inteligência , referem-se à mesma realidade inata, guardando cada uma suas nuances de linguagem, língua e cultura, ou seja, cada uma tem um contexto ou memória vital do tempo em que falavam ou exprimiam a idéia no tempo e para o tempo com o espaço circundante perdido para a arqueologia. Já a palavra para conhecimento ou erudição faz parte do mundo criado pelo homem,  através da cultura, que contém semiologia ou semiótica, forma de ler e escrever a realidade com signos e símbolos corporais, comportamentais ( ritos )  e abstratos ( pensamentos, doutrinas ) .
Essas duas formas ou realidades da sabedoria consubstanciada no “nous” ou inteligência natural, ou sabedoria, em natureza não são dúplices, mas juntas, unidas em uma única expressão simples e ao mesmo tempo complexa  , porque o “nous”, ou inteligência inata, ou sabedoria “in natura”, não estão separadas, insuladas, mas unidas, tal qual Parmênides faz ao enunciar o ser como o “todo uno” ou unificado, sem separação de pensamento, sentimento e  ação, como sói ocorrer no ser humano, que, para  comunicar tal fenômeno precisa de linguagem dicotômica, bifurcar o ser em ser e não-ser, como o fez o filósofo eleata  ao fazer a comunicação do ser, pois a linguagem do “logos” é fundada na dualidade, não pode conceber ou conhecer a unidade, que está “in natura” e não pode ser passada integralmente para o saber, à exceção dos casos da meditação e do ioga, zen budismo e outras filosofias que vivem de contemplar religiosamente e filosoficamente a realidade envolta na teia de Maia ou ilusão e que, por causa disso, não vêm a lograr explicitar comunitariamente o “nous”, a inteligência, a sabedoria, que não pode ser explicada, mas apenas experienciada ou experimentada  por um indivíduo , em experiência personalíssima,  algo  empírica, durante sua iluminação ou ao se por no mesmo estágio de pensamento-sentimento-ação de Buda e outros seres desse naipe, dessa grandeza, que alcançam vôo até  o nirvana libertador, ou que dá a libertação da dor e, conseqüente,  abandono do mundo, mergulhado no sofrimento ou paixão.
 São linguagens , dentre outras : as relações de parentesco ( genealogia), os jogos,  a ciência, com  sua nomenclatura e jargão , a religião, a música, enfim,  os mínimos movimentos físicos e mentais do ser humano é linguagem. Mesmo a metalinguagem ou metalingüística são linguagens, assim como a física e a metafísica.
A linguagem acorda o pensamento, que se movimento no seu âmbito conceitual-contextual. Não temos memória quando não temos linguagem, pois a linguagem e a criatura ou construtora ou  que retém a memória.  Tempo que recordamos da infância é o tempo da linguagem e restrito à linguagem; o mesmo se diz no fim da vida, quando as doenças que apagam a memória também são as que desmancham a linguagem. Não nos lembramos  do que não exprimimos e o que ainda na expressamos não consta nos arquivos da memória, os quais dependem da linguagem e sua extensão, amplitude ou seus limites.
O pensamento está todo na linguagem. Fora da linguagem, que constrói a erudição , encetada pela religião, que é uma poesia,  a mesmo tempo que na sua outra face virada a Jano, o Bifronte,  a divindade esparsa pelo nome que atende por Janeiro, mês e rio, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro; além de erudição consubstanciada na poesia, é uma política, as quais,  política e poesia,  estão em  concomitância com a realidade e a idealidade, que são facetas das linguagens,  solicitam e vem a suscitar uma literatura, a qual leva ao teatro e à música, à filosofia e à ciência e todas as artes : a arte, que é a vida, em comunidade ( política) ou fora da comunidade ( anacoretas ) , a arte das obras de arte , a arte dos artefatos técnicos, tecnológicos,  descritos, em linguagem de tecnologia, sob as equações algébricas  que abordam o mundo enquanto objeto no  desenho geométrico do tempo e matemático-motor do tempo.
A política é uma arte na vida diária, cotidiana, prosaica; não obstante, sua expressão não se dá dentro da realidade, mas na idealidade da  linguagem cifrada no código. Na arte viva, de exercer ou executar a política, que é uma linguagem corporal no sentido anatômico, fisiológico e antropológico, a política como a religião, que também é política com objeto e objetivo diverso, e, ao mesmo tempo, como o mesmo objetivo final, finalístico, teleológico, é dada, fora da realidade, pela linguagem cifrada na idealidade da poesia, mesmo porque muito do que existe na política é tabu ou objeto sacro  e de culto, tal qual na  religião,  e não permite exame de fato, mas apenas de direito, que proíbe em lei o exame de de fato, sob pena  de morte, metafórica ou real, de degredo, ostracismo, processo inquisitorial ou outras ameaças ou vergastadas reais e lancinantes. A política é o sagrado-profano , um “contradictio in adjecto”.
A linguagem move o pensamento com signos e símbolos, que vão  tirando à natureza, da observação da natureza das estrelas, observando o céu, e contando sua história poético-linguístico . Desta “estrita observância” nasce o pensamento, que então encontra raiz nos signos e símbolos para sobreviver e passar de imaginação á memória. Da imagem, que engendra a imaginação, vem tudo, todo o desenho geométrico euclidiano ou cartesiano ou de outros geômetras em culturas diversas, com os árabes, que fazem da álgebra uma doutrina para a geometria dos arabescos, a bela e artística e prática geometria dos povos das Arábias.
As inúmeras formas de linguagens desenham o objeto : a arte capta uma espécie de sabedoria, o conhecimento ou erudição  busca  e vai a encontro de outra forma de sabedoria e assim sucessivamente, em todas as formas de linguagens que, de mais a mais , trazem no bojo, várias formas de linguagens  ou seja, a linguagem  é  uma gama vasta de linguagens que se apertam num mesmo espaço metafórico ou mental; aliás, a mente é uma linguagem inserida em outras linguagens .
A sabedoria , por sua parte,  é a substância do conhecimento ou seu objeto, num certo sentido.  A sabedoria é dada pela natureza como o mel, a própolis, a cera de abelha ou a flor-de-lis, quando não em linguajar de brasão de  famílias nobres ou reais. ( Seriam as outras famílias irreais e apenas a do rei ou governante  real?! : com esse preconceito ou conceito de elite, s e faz a história, se é que há alguma história fora das linguagens que motoras do mito, da lenda e dos ritos, seus movimentos teatrais, que cumpre outra função e tem outro objeto e objetivo enquanto linguagens independestes?).
A sabedora não é linguagem, mas sinais, imagens , sem  a carga intelectual  corrente nos signos e símbolos, os quais constituem a linguagem em seus sentidos e significados.  Aliás, a linguagem tem  fito de dar um sentido ou por uma gama deles á escolha do ser humano, conquanto a vida, que é a sabedoria em última instância e que não te conhecimento ou erudição, é rude, não tem poeta, nem filósofo, outrossim, não tem sentido algum, embora a linguagem provê sentidos imaginários suscitados  em sua linguagem, que em si, na sua finalidade aristotélica, busca um fim, a escatologia, o sentido para a vida; sentido esse que somente tem essência de linguagem.
Os sinais e imagens naturais não são pensados pela natureza,  porquanto a natureza  não pensa, a sabedoria não separa pensar de agir, que é um todo inconsútil;  essa dicotomia, esse “maniqueísmo” no sentido lato, é atitude peculiar ao homem, um atributo exclusivo do ser humano, que é o ser e dá o ser na linguagem ou linguagens( que a linguagens são linguagens infindas  metidas dentro de uma suposta uma e única linguagem);  a natureza não lhes dá sentido ou significado, não tem necessidade de correspondência, pois é uma, não conhece, não  é erudita, portanto apenas sabe ou sente e no sentir age e o sentir é o pensar ao mesmo tempo e n mesmo espaço ; quem o faz é o homem, que lhes dá um ser em forma de linguagem, que são linguagens imbricadas ou embutidas, implícitas e explícitas, exotéricas e esotéricas, tal qual as explanações teóricas de Aristóteles. Aliás, foi o filósofo Aristóteles que tornou a linguagem do “logos” grego em lógica e gramática.
(  POESIA COM ANTOLOGIA POÉTICA, MUSEU E PINACOTECA  
 
A criança ( no caso, meu neto )
vê o mundo como um objeto
ou muitos objetos
todos "pertenças" suas
sob seu comando ou governo
sua norma
seu direito
sua hieráldica...
seu reino animal
e vegetal ( protista e monera )
e mineral
nas gemas, em mineralogia
na casca do ovo mineral
em geodo...
( Quero, quero-quero querido,
em voo no montante azul do céu!...
- quero uma pinacoteca para pintar Joan Miró ( fundação museu galaria fundação)
nas mãos do meu neto
- uma pinacoteca e museu para pintar Marc Chagall (galeria fundação museu pinacoteca )
com mãos de menino indômito
que sabe a arte de Salvador Dali ( museu galeria fundação )
na ponta e na pinta dos dedos sujos de brinquedos...
Quero um menino Jesus
bem-Jesus no afresco de Giotto (pinacoteca afrescos )
na antologia poética de Goethe, Byron, Baudelaire ( poética antologia poética)
e outros meninos assim
que cresceram para enlouquecer
no mundo dos insanos
no comando
ou em massa falida

A falência do homem em sociedade
embarcados na Nau dos insensatos de Goya, ( museu galeria pinacoteca arte )
Brueguel e tantos outros
que sentiram a dor moral
de carregar a cruz
que é o homem
no corpo físico-químico-eletromagnético
que é um gravame para a alma
e um fardo no espírito )


O infante ( caso do menino que amo
 
em especial dentre outros
seres aptos ao amor emitido
das emanações genéticas )
em seus domínios
( outrossim domínios de Lineu )
entre entes
que a linguagem em ciência denomina
ou dá o "nous" ( inteligencia )
com alma-espírito de "logos"
( lógica em logosofema )
na classificação sistemática que os distingue
em autotróficos e saprófitos e heterotrófitos...
todos objetos da linguagem científica de Lineu
que foi a criança-prima-sistemata
a explorar esse domínio
e dar-lhe nomenclatura
terminologia científica
e códigos ( Código internacional de Nomenclatura Zoológica... )
com parâmetros para delimitar um táxon ( morfológico ou ecológico...)
Essa linguagem emanada da energia pensante
brotada dos cérebros de Lineu-Aristóteles,
sistematizada na filosofia sem sim e com fim
que já está plantada
em raiz grega
no nome do filósofo de Estagira,
a qual veio ( como um veio! )
a constituir-se no sistema de classificação biológica
esboçada e realizada de cabo a rabo por Lineu
( um glifo ou hipogrifo de Lineu, essa linguagem da ciência!)
- fundada na sistemática, taxonomia, cladística, classificação científica,
nos conceitos de base, a saber :
taxa : domínio, reino, filo, divisão, classe, ordem família, gênero, espécie, subespécie, cultivar ;
- cujos conceitos associados são : organismo, táxon, clado, fenética, árvore filogenética,
origem comum, taxonomia de Lineu, zootaxonomia, sistema dos três domínios, tipo;
e, por fim, as normas que regem o sistema
ou arcabouço intelectual Aristóteles-Lineu,
expressas em foma de : nomenclatura binomial,
 Código Internacional de nomenclatura Botânica,
Código Internacional de Nomenclatura Zoológica,
Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias,
Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas,
Classificação dos Vírus,
PhyloCode e BioCode.
( A criança, no caso, Aristóteles-Lineu
construiu esse difícil edifício intelectual
com linguagem completa para a ciência
esculpida em signos e símbolos
na mole da construção
( Ai! de ti, sapoti!
que a vida muda para aqui...
e por ali, lá, acolá, alhures, algures,
nenhures...
- a vida muda em planta
daqui ali
alhures ao largo do lago
- que lagoa!... que magoa!...:
e em quanta água!
quanta mágoa!!!...
Tanto coração magoado
fulgindo
e em fuga no cancioneiro
pioneiro
do trovador provençal...
...em árias
arestas
por áreas
aéreas
aráveis
da música
que é uma musa
e um moinho
de vento
no vento
que roda
no gramofone
no gravador
no disco de vinil
na discografia
no fonógrafo
no fonoautógrafo...
que gira
tanta mágoa!,
tamanha!...:
do tamanho da montanha,
descendente em cascata
aos borbotões
no olhar de quem não chora
para fora das lágrimas...
mas olha
- com a brasa brilhando
nos olhos de carvão
que marca a ferro e fogo
indelevelmente
ao ruminante no pasto...:
... ao  homem na indústria
no mercado negro
ou branco para o manto xadrez
em xale
chá em chávena
cachecol
mantilha...
enquanto a vida muda
muda
Muda, muda!...:
Muda de planta
vegetal
plano
piloto
euclidiano
cartesiano
aéreo
etéreo
sob ou sub
o helicoidal
que forra
o motor Otto
em forrageiras
na hélice
do hélio
que gira
a vida
em muda
de erva
de um espaço
a outro espaço
realizado
no espaço-tempo
( passo-tempo
tempo-passo )
do motor
em rotação
e translação
no DNA
a girar
a escrita
geométrica-geoglífica
em três equações
para as coordenadas retangulares
e cilíndricas...
descrevendo
a parábola
espiral
de hélice
na geometria
da videira
em gavinha...
Ai! que vinha!
- Que vinha a vinha
que vem!
em rotação-translação
pelo pelo em pelo
verde
uva
do movimento gavinha-DNA!,
heliocentrado
heliocêntrico ))

Volvendo à criança sob o domínio da vida
 
no caso eu
em corpo agora de criança
no império do corpo do meu neto
novo imperador de Roma
em tempo e ser presentes
- único tempo-espaço para ato
sem teatro gregário-grego
( os demais tempos
são visões de longe da mole da construção da torre dos fatos
na ciência e na vida
sendo a vida
sem dar voltas na biologia
muito mais que ciência
ou ciência-e-meia
embora somente haja uma ciência
com várias construtos de linguagem
que a fazem aparentar serem
uma ciência e meia ciência
ou um centauro e meio homem
na linguagem da ciência a revelar a mitologia
antiga psicologia-antropologia-
sociologia-geopolítica...
a vetusta economia da razão
até na salvação cristã presente )
observo, amorosamente,
no meu neto,
outro eu,
do outro lado do mundo
paralelo e alelo a mim,
a criança súbita
que acorda ( e discorda )
com o mundo
social em fábulas
mitos e lendas espargidos nas palavras
e a fluir celeremente
em rios de frases e orações domésticas
- para a criança em primeira dentição
( antes de serem dentistas )
Para esta criança em foco-criação
mesmo as pessoas
são objetos de sua possessão
nada demoníaca
mas imperial
inata
congênita
e elas não distingem
objeto interno ou o subjetivo "sujeito"
e objeto externo
ou o objetivo "objeto" fenomênico
dado pelos sentidos ( com pelos eriçados de gato!)
e burilado na razão-linguagem-ciência
afluente-"afluído-fluído" da ribeira da vida
no barranco arrancado com água
em não-H2O
mas salobra ao sabor dos minerais
que a bebem e embebedam
na mansuetude das relações imprevistas-imprevidentes
( Essa sensação de estar em solitude entre objetos
é o sentimento ou percepção
que caracteriza a solidão bruta
-   a paixão da solidão
na sensação de solitude
ou estar sozinho
 em meio ao caminho
- frente ao universo desmedido
- mediante objetos
e sujeitos que são objetos
no vaivém do cosmos
a  dançar dos olhos
vidrados em Dante e Drummond
no tempo que reviraram
nas vascas da agonia trágica
- dramática
na metade do caminho
onde havia uma pedra obscura
ou clara de clara de sol
que é um ovo, claro!
e uma selva sombria
- um jângal
onde se postava
a mamba negra
no umbral do Tártaro
a encurtar o caminho
com passos trôpegos
graças a picadura
e a peçonha
da Black Mamba
que me matará
ao 96 anos
quando eu  me der ao luxo
de me doar em vida
este presente de Cleópatra
para a morte
nas trevas da boca negra
da noite mamba
- noite não-anum nenhum
que é uma noite
mais noite
mas não-anum
( menos anum ) :
noite-mamba
a morte
de Cleópatra
a minha noite
na alma
escura
ou que escurece
com o avanço da peçonha
que traga o dia
pedaço a pedaço
de favo
alma adentro
se apagando
até as trevas
cobrirem tudo
como o véu ou voo oval da deusa
ou seus longos cabelos
negros
( outra boca de mamba?!)
 A vida é dramática
- há um drama vivido-encenado
do parto à morte
A morte apaga o amor
que conquistei quando maduro
nos olhos dela
ou dele
- o menino que amo
em tempo de neto
que há-se ficar me olhando
depois do meu caminho
achar uma curva
na equação da mamba negra
com a floresta negra
entre a geometria de Dante e Drummond ( poética antologia poética )
em intersecção
que fabrica o caminho
e o caminhante
o caminheiro
o caminhão
Chevrolet

Há-de vir ainda na maturidade
 
tempo para filo de filho ou filha?!
para eu me recriar
reciclar
no paraíso de amar
o mar que é uma criança
e a mamba...?...
- Não sei!
somente a vida sabe à vida
- vida eólica nos moinhos...
sozinhos
moinhos
- é o que somos!!!
Ai! : é o que somos! :
solitários moinhos
que nem sentem a solidão
que nos entorta a alma
na palma do coqueiro
que vibra e vira-se
na viração do vento... :Éolo.
Sozinhos somos
vida inteira
estrela inteira
caminho integral
grau a grau nos ângulos
em velocidade angular
a perambular
sem lar
ou mar
ou de mar a mar
até o último albatroz
ou gaivota pêca
andorinha pega...
Pega,
Pega-rabilonga
ou "Cyanopica cyanos" ) )

A criança 

após um interregno de tempo
observa que há sujeitos lá fora
captados pelos seus sentidos
que fazem dele,
então e estado de infância,
objeto dos sujeitos
que impõe normas ao infante
( toda linguagem é semiológica-semiótica
e trazem em seu bojo normas :
jurídicas, gramáticas, princípios filosóficos, geométricos-matemáticos, lógicos... )
- As regras, por seu turno,
originárias da linguagem
( a linguagem é uma norma no seu hermetismo )
faz a criança se sentir
 o que é para a linguagem
em ato-fato  :
objeto de normas ( somos objeto de normas! )
e, concomitantemente,
objetos para outros sujeitos
- sujeitos estes
esses e aqueles
que antes lhes parecia ou aparecia no fenômeno
somente como objetos
originários da subjetividade imperial da criança
- meros objetos
de e para uso
usufruto
e abuso pessoal
do império ou imperador de dentro
imerso no domínio
que é mais que um reino
e que uma ou dez repúblicas
quando da primeira infância
antes da dentição
e de Mourão com o dente são
e o podre a lançar
no telhado de vidro
do violinista azul, verde...
inodoro, incolor,
 insípido às vezes
consoante venha a soar
em harmonia ou desarmonia
com a musa-música na relação
que põe a dançar
a guerra ou paz
em período de um Hitler
ou dos Mussolinis
sempre trepados no poder
qual bugio, símio
- a expressão facial simiesca
aflorada em conspícua concupiscência
com a volúpia em volutas de gavinhas "desejantes..."
- máquinas de Delouse
( O animal outrossim
enxerga o mundo assim sim
como nós-animais-metades
( metade em atributo dado ao centauro
que somos não-sendo
e a outra meio-metade lançada em anatomia
em objeto para ciência
porém sem ousar "plissar" qualquer laivo de nomenclatura para zoólogo
se referir
e  ferir de morte!
o orgulhoso homem!
- adâmico ser
que odeia mico)
Entretanto, o animal ,
para inflação de orgulho no homem
 não acha uma linguagem
( que não seja a marca das patas no barro
ou na água plissada em senóides
que se auto-desenham e desdenham até o homem )
para por ali
em linguagem em símbolos e signos
uma ciência
que é um mundo fora do universo
e dentro da escuridão interior do corpo anatômico-fisiológico
- um extrato do simbólico
algo em ritmo ou algoritmo não-metabólico
escrito e desenhado fora da natureza
- retirados da natureza
cópias econômicas dos sinais naturais
postos pela cultura
que dá o ser ao homem
e ao universo-da-cosmovisão ( em cosmologia )
o qual vai da marco da geometria
que desenha paralelogramos
à não-geometria
que é um debuxo ou simplificação radical da geometria maior
e cujo fito é o de economia de imagens em signos
que escondem o símbolo-que -significa
no semi-desenho de semi-reta no significante
- signos estes que figuram na escrita das equações
( que toda fala e escrita é equação
fundada no princípio da identidade
do qual aflora naturalmente-dialeticamente
o princípio da contradição ou contraditório
que faz o processo ou relação processual ampla
extensa nos fatos no espaço-temporal )
e fazem reverberar a fala no desenho da senóide
a qual dá advento à geometria analítica
que desce aos detalhes das espirais...
que toda linguagem precisa de um clado ou clade
dos ramos da árvore filogenética
modelados em cladograma
ou geometria-clade
ou diagrama de organismo monifiléticos
seguindo a forma geométrica do desenho da árvore
em sombra e luz "in natura"...
O que se estuda presumidamente hoje
como ciência-cênica
não é senão informação
sobre a linguagem da ciência
- e ciência não há sem a compreensão-apreensão
de sua linguagem
pois a linguagem é que ilumina
e acende e faz ascender a ciência
que jaz apagada em sinais naturais
e artificiais
ai! quantos ais! mais ?!...
Ai! meu Deus
como a ciência é árdua
porquanto oriunda da dor moral
- uma taxa de "taxón" na espécie
que constitui o ser humano
ao ser sem o humus da terra húmida e humílima
viva n'água
( a mulher na anágua
e o homem afogado na água e mágoa da anágua
que o faz pecar
ou sonhar com o pecado pacato ao lado
no paralelo das linhas de luz e sombra
em face de Micheângelo Caravaggio )

A criança que fui e lembro
 
em ternura por ela em mim
aquela-essa-esta criança que sou-fui
já desenhava toda a geometria espacial
desde que me lembra o mundo
que vi da primeira vez!
Eu me lembro
que aquele mundo que vi
pela primeira vez
era geometricamente
o mesmo universo montado em geometria de hoje
pelo Euclides e Descartes de antanho
ao sabor das figuras das geometrias :
euclidiana e analítica
no circo de cavalinhos
em círculo
rodando
- até ficar tonto!... :
um menino às tontas
que fui-sou!,
serei enquanto for o ser
sustentado na leveza do nada
que o sustem no ar
ou fora do ar
no vácuo do vazio
do zero ao zero
e do zero ao menos zero
que não existe
nem é nada
senão pensamento
ou ser
navegante
galopante
no nada
dado
na nadificação
mental...
- mas com tanto miosótis nos olhos dela!
a pairar
palrar
- nos olhos dela
em fuga do negro ao branco do olho
que olha
e palra
comigo!
mais que o silêncio permite
bastando buscar o olhar
que olha
de soslaio
obliquoamente
eternamente...:
- eternamente Capitu!,
  Capitolina de Machado
que capitula
copula
ao olhar

( Os bichos também têm esse mundo objetivo-subjetivo
 
- só que não os transcreve
e assim não os retiram da natureza
e os põe-em-ser na cultura
O ato de transcrição
que separa natureza e cultura
é a linguagem :
A psicologia é uma linguagem hermética da subjetividade
dentro de outra linguagem objetiva
que a desnuda e vela simultaneamente
conquanto a filosofia sonhe ser o desvelamento de Ísis
A linguagem se aprimora no gênio-sábio-erudito
e por ter que nomear objetos dantes nunca percebidos
traçam uma onomástica que vai do neologismo
á conjunção de palavras em composição
para tentar expressar o que antes anida não fora exprimido
quer seja em equação ou em verso
A linguagem tira o saber da  natureza
e o põe em linguagem adequada
com determinado jargão-jergão
a fim de constituir em conhecimento erudito
o que antes era apenas saber natural
ou sabedoria sem voz ou vez
- pez mineral na tez )

Observo a criança
 
recém-lavada do amor
que uniu em um
o homem e a mulher
e fico a cismar
cá no meu bestunto
que o amor
é uma fuga
de si para o outro
e do outro para um terceiro
- no caso a criança
nascida do ato de amor

Quiçá o amor
 
seja a única evasão possível
num mundo em urbe
possesso
- e eivado de exorcistas
fanáticos
prosélitos
sectários
em redemoinho de psicoses
neuroses
demônios não-medievos
- diabos coevos
coesos com corvos
nos corcovados...

Ai! a paixão do amor
 
que retoma corpo no corpo anatômico da criança
se apaga
finada na morte
de volta ao escuro
ante-fetal escuridão
cósmica
sem cosmovisão infravioleta
para  a escuridão
que se segue eterna
interna
( O interior sem lanterna
do vaga-lume
sem leme
timão
que somos
ou não somos mais
- mas fomos
com fome
de ser
 outro ser
ou ente
desejado ardentemente!,
durante o arrastar pelo ardente sol
ou o quedar-se sob a escuridão
de antes do levante
e depois do que pôs o poente em pó
no ente
dormido
eternamente
ou acordado
e acocorado
brevemente
sob o girassol no sol
ou o palor do luar
na madrugada
latida
e cantarolada
a canto de galo
e cachoeira
a noite inteira
sem intermitência )

quinta-feira, 17 de maio de 2012

UTOPIA - wikcionario verbete wikcionario verbete glossario lexicografia lexicologia etimologia etimo




Afirmar que a ciência e a técnica é a linguagem ou são as várias linguagens que a constituem, não é excessivo : enorme parte da linguagem é a ciência, de fato e de direito, a própria concepção bifurcada da ciência e da técnica.
O direito, no Brasil, é um arremedo de ciência, mas não tem qualquer status cientifico justamente porque não é justo; e se não é justo, não é ciência, pois a ciência é justa e somente pode se vestir ou travestir de justiça ou nos arredores dessa concepção algo idílica, utópica, idealizada. Ela, a ciência, carece desses sonhos para se revestir de caráter cientifico; esse mundo onírico é a tecitura dos seus requisitos básicos, basilares. 
A ciência não existe sem linguagem, utopia, idílio e ideal ou ideação ;é um "pathos" tal qual o amor, a paixão desmedida, injusta, porém com foros e delírios de justiça e nobreza máxime quando envoltos na atmosfera do sonho os lovelaces, os enlaçados, enredados  na teia , os enamorados. A alma da ciência é um gás nobre ou está impregnada dos gases nobres enunciados na Tabela Periódica dos Elementos de Mendeleiev que, com a dita tabela, prova a existência ou realidade do  tempo e do espaço, este enquanto um buraco ou um junção do tempo em energia que se entrechocam formando matéria, na velha equação de Einstein-Planck, que goza do privilégio injusto, injustificável,  de ser somente da lavra do relativista.
Óbvio que  a ciência tende à farsa, essa arte inata ao homem ( e a mulher!!!...), necessária à cultura e à sobrevivência humana enquanto grupo social, político. A farsa é a mole do edifício que sustem toda a estrutura, o arcabouço do projeto e da realização da engenharia na Cúpula de Santa Sofia social, uma edificação que não se pode ver por trás da mole do prédio original de alvenaria, cantaria. Um cantaria na pedra, outro no projeto social-político que embasa as relações humanas de Hobbes a Nietzsche. Um percentual de 99% da ciência comunicada ao público alvo é pseudo-ciência, restolho, refugo cientifico dado aos porcos na pocilga, a fim de que possam chafurdar na lama sem consciência pesada ou má-consciência conforme gostava de falar Nietzsche que bem sabe do sabre pairando sobre as cabeças coroadas ou com tonsuras originadas no tempo ou no rito de tonsura.
A dose para se lograr um razoável grau de ciência é tarefa hercúlea, está entre os doze trabalhos do herói, de Héracles e raro tem parâmetro porquanto escassa, escasseia a produção de ciência e está cada vez mais a escassear, vez que a técnica escamoteia e, além de escamotear,  obscurece, vem a obscurecer,  ou enobrecer a lividez da ciência. Achar o calibre certo ou aproximado entre a linguagem, a utopia que é inerente à linguagem e às linguagens, o espaçamento idílico e o ideal, dentre outros itens não citados, é patinar quase na impossibilidade de por a ciência no mundo, sem falar na política e outros elementos sócio-econômicos de força, além da camisa-de-força do direito que vige em toda terra e domina o homem, em sua maioria, pois o direito é postulado em função de uma minoria privilegiada, ou seja, senhora dos direitos do direito e do direito posto em lei : direito positivo ou de fato, sem trocadilho com a questão de fato e de direito, que é pura ciência, até onde a dose meça a peregrinação à Meca sagrada.
A linguagem abriga ou alberga tudo o que é humano ( cultural ) dentro de si, na sua atmosfera ou hidrosfera, num oceano sub-lingual, escrito ou fonado : consoante palatal ( consoante linguopalatais ), fricativa dental surda não-sibilante, fricativo labiodental surdo oclusivo, alveolar, consoantes pulmônicas, ejetivas, implosivas, cliques, etc. : tudo "consoante" o alfabeto fonético internacional. Apenas não tem asilo ali o que é nato. O "h" é letra diacrítica.
Eis uma sumária descrição de ciência que, enquanto arte, fala e grafa ou desenho signos, substituindo símbolos e imagens, os quais introjeta.

(  A linguagem é o homem

posto na cultura
nu de antropologia
- que não seja rasgo linguístico :
etnologia densa e difusa
( fuso o horário
difuso
na fusão do parafuso
fusco
lusco
luso
dentado
farpado
auto-atarraxante
- parafuso-biela!

A linguagem que é a língua

falada e escrita
contém várias linguagens
no bojo de um mesmo idioma
- linguagens amoldadas
a essa língua genérica
linguodental

No palato o canto

com a palatização
no sopro do oboé
que é
e dá  ser
que aflora
na linguagem
e nas linguagens candentes
incandescente

O soprar do arcanjo no fagote

que dança no espaço escalar sonoro
vectorial
feito um palhaço
um trapalhão
- o pobre fagote!
tetrarca em fagocitose
para virtuose
que tosse
e tose
no que tosa
- a tosa
da ovelha
velha
que engelha
ajoelha
espelha
o dossel e a ranhura do abismo
na água do lago
gago
aziago
que afago
- o gajo!
( engajo?!
engajado!
engajar?!...)


A linguagem é o ser do homem

e o ser que o homem dá às coisas
aos entes
duendes
doentes
- ser sem sopro de trompas no corpo
enunciando o anjo
anunciado
com trombetas sonoras
de flores amarelas-goiaba
- de um amarelo-goiaba
beirando a podre
( odre no chão
de São João
do limão galego
- um balão
metereológico
ilógico
e nórdico
com pórtico
para goiabeiras enfloradas
sobre o muro antigo
e o telhado quebrado
da casa velha
alquebrada
abandonada
aos fantasmas camaradas
- comunistas! :
sem-terra
ou teto
para arquiteto
inclinar a cabeça
e dormir o sonho de lua
falciforme
à Joan Miró
em brasa na treva da noite
do gato preto
ao rutilar branco de escarcha
na estrela que pisca
o olho enamorado
no xadrez
de-dia-e-de-noite )

A linguagem não é

nem cerra ou encerra
o homem no amarelo goiabada
ou no escarlate goiaba
latente no vermelho
bichado
parte gusano
anjo-bicho que é
mas não está postulado assim
em linguagem
que o amarra na quilha do arcanjo
qual barco a vela
emergido do oceano onírico
surreal
surrealista
de Salvador Dali
- ali em mim
e também aqui
em ti
posta a linguagem
com suas infinitas variantes
cefeidas

O gusano entretanto

tem sabedoria escrita em código genético
harmonia interna e externa de movimentos
sem conflitos e embates
pois prescinde de linguagem exterior
jargão
jergão
nomenclatura
terminologia
lexicografia
lexicologia
verbete
dicionário
glossário... :
e, concomitantemente,
não  processa conhecimento conflitante com a sabedoria inata
congênita
- não se retorce duas vezes
nas vascas da agonia
do conhecimento incerto
perdido na linguagem
olvidado nas especialidade das muitas linguagens

O gusano

o verme
a ave
o gato no preto do branco
do olho no fundo funcho
( Foeniculum vulgaris)
- uma umbelífera aromática
colhida na bacia do Mediterrâneo
- glauco
no seu verde a mar
- glauco de glaucoma
quando não é verde
- o verde para os olhos
sem a mensuração dos raios
para esta cor a mar
devido a obstrução do humor aquoso
nos olhos de um Glauco mítico...
- enfim,
retomando da digressão :
o gusano e outros insetos
e animais que  o latim não seccionou
não rendem culto à ciência
que é apenas a parte da sabedoria
com linguagem inventada
pelo homem
- este Glauco
ou Clauceste
celeste
nefelibata
suicida
inconfidente
refugiado no Lácio da língua
no lastro de chumbo dos alquimistas
no deus das saturnais
festividades celebradas no solstício de inverno
( esse o tempo marcado no compasso do ritmo),
na conjuração...
ó Clauceste Saturnino!
- Satúrnio! :
Senhor na noite negra e fria
- do suicídio 
perpetrado no cárcere

A história do homem

sofre a bifurcação
de ser a historiografia do crime
aflorada sem código genético
- regime  natural este
que dá o tom da norma natural
com tinta de DNA
- que pinta de guanina!
e  desbota a sombra do crime
e do pecado
na bota
e no bota-fora

Animal não tem história

que não seja natural
portanto não perpetra crime
está livre do pecado, padre!,
porque no bicho
tudo é saboreado
na escrita dos genes
que move a arara azul
corpo e "alma"
- pagã! :
Sem latim para Vulgata!
e direito canônico
para Cláudio Manoel da Costa!!!... :
Direito que não lhe valeu de nada,
ó poeta conjurado! :
 
Árcade
Hoje  os inconfidentes
são os mesmos entre-dentes
com a faca nos dentes 
e no peito ameaçado pelo carrasco
- os mesmos! no rilhar dos dentes
para Tiradentes  
e amanhã não será outro dia
mas o velho dia de sempre :
o Ancião dos Dias
que o diga
nos dias que se seguirão aos dias
para um futuro sem futuro social
historial
- Só mudaram os dedos
que vieram a fenecer 
nas maõs dos eternos verdugos
que comandaram o mundo
e continuam a comandar 
com os dedos redivivos 
de sua prole 
- sempre de machado em punho
espada em riste
prontos para a decapitação
no cadafalso
para maior glória de Deus
e espetáculo para a plebe ignara
ordinária
sob as varas 
do varão  ou dos varões vigorosos
senhores de baraço e cutelo 
para os quais passaram os anéis de ouro
cravejados de diamantes 
safiras, coríndon , marfim...)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

AMERÍNDIOS - lexicografia lexico etnia wikcionario lexico lexicografia etnologia etnografia antropologia glossario verbete

Flores de Jasminum nitidum, Jasmim-estrela
A cultura é o conteúdo da linguagem, sua forma; ou seja, a cultura é uma linguagem que abarca,  em verdade,  todas as linguagens faladas,( cantadas : a linguagem em cantatas) , escritas ( para-partituras musicais, matemáticas, algébricas, técnicas e tecnológicas, quando faz o artefato ou discurso sobre o teor do mesmo em ciência), representadas teatralmente na cultura, nas vestes, gestos, caretas, geometrias, etc.  
A coleção de gestos, valores ( axiologia), vestimentas, costumes, falas, timbres, prosódias, são conteúdos ou objetos da cultura, seus artefatos manufaturados ou industrializados, enquanto o direito, a ciência ou o mito do direito, e, na realidade,  ambos, que é o que constitui essencialmente, existencialmente, a ciência,  tem sua forma concomitante na religião da cultura, que, em si, ou de si para si e para o outro, é uma mera ficção de interlúdio para piano e orquestra à moda de Tchaikovsky. A religião é uma ciência sobrevivente do passado, um pretérito em mutualismo com a ciência que atua na função de atriz social, instituicional,  vigente, consoante a cultura tenha se libertado parcialmente do vigor de sabedoria simbólica e real que a religião encarna.
A cultura é a grande ficção do homem, que a antepõe e sobrepõe, sobrelevando-a à natureza ( ou às naturezas nos moldes da engenharia, biologia, ontologia geometria, arte artesanato...) , a qual fica em segundo plano, num plano piloto, mas não geométrico. Como vêem, como enxergam ou visualizam  as ditas formas e conteúdos  naturais aquelas culturas  sem um Euclides? Ou cada uma tem sua geometria “euclidiana”, sem Euclides grego ou Descartes analista de parábolas em curvaturas no espaço sem tensão : espaço de extensão, o qual  difere do espaço de tensão, que leva as forças do eletromagnetismo, nuclear e elétrica, na amperagem e voltagem. Podemos percebê-lo, surpreendê-lo garboso, majestático, infenso aos conceitos Greco-romanos,  nos olhos dos aborígenes para a geometria não-euclidiana, que eles, os indígenas, devem possuir intuitivamente, mas não no sentido kantiano  do termo?
Mergulhados como peixes que somos no oceano ou na atmosfera da cultura que nos dá a respiração intelectual e sentimental ( o “pathos” e o “nous” ) não existimos fora deste meio ambiente nem enquanto indivíduos ou entes coletivos, pois o que somos é, com a cultura, entes coletivos. A individualidade é um rasgo mínimo, um extravasar sem objeto.
Sem embargo, a cultura é apenas uma das inúmeras roupas ou roupagens do ser humano enquanto linguagem  e mesmo que esse ser humano esteja nu no autóctone : é a vestimenta do ser humano grudada à pele, aderente, modulada  nas formas que assumem as várias linguagens que comunicam aos seres humanos em comunidade,  o universo interno e externo do ser que constroem perpetuamente no lugar onde brota o tempo e suas ervas, todavia sem poder mover o poder e o viço das ervas, nem demudar seu sistema nervoso autônomo, todo constituído de ervas daninhas ou plantas para cultivo, jardim botânico, botânica, enfim.
No âmbito apertado dessas linguagens o ser humano forja uma liberdade ou a própria liberdade, outra ficção humana, quiçá a mais grata e venturosa : mera liberalidade. No entanto,  tal qual o direito, a poesia,a ciência, dentre outras linguagens que perfazem o périplo cultural,  a liberdade, o livre-arbítrio, a emancipação, a independência, não passam de ficção, de uma porção ou quinhão originário no modo  onírico, que é parte considerável de nosso pensamento, ciência, arte, religião, conhecimento, linguagens, enfim, sempre linguagem ou tecido translúcido e tênue de teia de aranha cruzeira.
A cultura é perenemente devorada pela natureza, pois esta última é real, enquanto a a segunda não passa de um vasto conjunto de linguagens, considerando a técnica como linguagem aplicada aos conteúdos naturais.
A mesma ocorrência pode ser registrada no direito e nas demais linguagens que a ciência assume ou subsume : a realidade natural sempre solapa a idealidade  imaginada ou a “realidade” fictícia, enquanto cultura : conjunto de linguagens equacionais ou nominativas e normativas.
As linguagens se equacionam para formar o feixe de relações após  nomearam os entes e, por fim, ou em meio ao processo, se desenharem e escreverem-se em conceitos abstratos e concretos, de modo a proceder a outorga de   concreções ou abstrações, se não ambos, concomitantemente.
Assim como ocorre entre a cultura e a natureza, no seu jogo de preto e branco, no xadrez do dia e da noite, vida luminosa e morte escura; enfim, neste jogo de luz e sombreado, o direito, que é uma das linguagens servis,  é sempre devorado pela política, uma linguagem que transcende a própria linguagem, pois está no mundo brutal dos fatos ou dos atos das bestas ( que somos!) que buscam o domínio sobre outrem e sobre a totalidade das linguagens, ainda que isso seja simples utopia, pois a paixão pela fêmea, território e prole, é maior que qualquer ato racional e surda a qualquer atitude mínima de bom-senso,quando a dominação, que traz a guerra, entra no universo social do ser humano do mesmo modo que no das feras mais temíveis : isso é política e se resolve com rosnados semióticos e semiológicos, porquanto a realidade é viva e mutante, mutável, não tem os limites da linguagem, eivada de regras, sob norma, obediente ànto a idealidade , que mesmo quando mero ideal se torna em alfange com o qual defendemos o cavaleiro andante assassino medieval dentro de nosso sonho aldeão,  quando a política ou o interesse contextual vital prevalece ou há mister de que seja a prioridade, porquanto todos aspiramos nos fundir a uma fêmea e forjar uma prole que nos dê um lugar num novo corpo material,  no futuro imaterial, enquanto esse futuro não for o tempo atuante
Se tal futuro, no discurso lógico, não passa de inexistência ou  algo nominal-equacional ( nominativa-equacionativa )_ , que somente se torna real nos artefatos culturas via linguagem da técnica ou o fazer sobre a substância do universo em coisas; outrossim, não obstante, é fato pensável desde a tabela Periódica dos elementos de Mendeleiev e, portanto, um tempo possível e que será posto, pois já vem no vir-a-ser do dia-a-dia.
Idéias não existem, nem tampouco podem estar na realidade, mas tão somente na realização, que é o meio ou via em que a idéia entra no mundo pela mão do homem manipulando a linguagem técnica mental e manual : a realização é algo mente-mão : a mente elabora a linguagem e a mão passa essa linguagem pelas coisas transmutadas, destarte, em objetos, artefatos,  ou realizações mente-mão do ser humano, o realizador de novos mundos, nova América, continente incontido no espírito humano, do norte ao sul; mesoamérica, américa central, meridional, austral, boreal : América dos americanos, ameríndios, amerícolas, das pirâmides da mesoamérica, américa hispânica, latina, andina, centroamérica, América espanhola...
( O ser humano porfia contra o bicho
Com alfange
 adaga
 cimitarra
órix-cimitarra
alcaparra ...
O arco e o arqueiro certeiro
Incerto
De um certo
Também incerto
Robin Hood
Da floresta
Meramente mais uma jusrisdição do rei
De um João sem Terra
Ou outro Ricardo Coração de Leão
Sem cor no coração
Agora
Fora da hora
Da vida
Que é sempre bebida
Em versos de lira
Baladas
De Byron
Porém o bicho é e está em natureza
acima e embaixo
Do seu corpo baixista
Autista
Maneirista
Isca para germes
Vermes repelentes
Gusanos
Para os quais cria o remédio
Outro alfange
Para outro alcance
O qual  tem e traz a dose de morte e vida
Ou não funciona mais
Se o corpo foi tomado
Pelas legiões da natureza
Em batalha romana
Grega ou bárbara
Que leva ao Tártaro
Terra final
- terra afinal!
À vista ou à prazo
Desde a quilha
Uma milha náutica
Dos miasmas
( minh’asma
- minh’alma!,
inexistente
miasma
- existente )
O ser humano luta
Se defende
Com a linguagem
No entanto a natureza
Usa a realidade
E tudo cria
E destrói
Inexoravelemente
Implacável
Inapelavelmente
A natureza nua
- Deusa! :
Ísis sem véu
ó céus!
de déu-em-déu
ao léu 
com asas que  remam
- o remo
a rêmige
a remar
que mar 
é mar
de mar a mar
até amar
a areia 
que lambe
a alvura 
do jasmim
do bogari
na barra da alva
na flor de laranjeira  
que resta no areal 
branco
de casa branca 
de xadrez
em preto e branco 
do anum ao atum
ou da garça translúcida
à boca da mamba negra 
aberta )

sábado, 12 de maio de 2012

CLAVICÓRDIO - wikcionario dicionario wik dicionario etimologia etimo verbete lexicografia lexico glossario enciclopedia



Sempre amei os anjos
em bandos tomando banhos de banjos
na música que remexe os cabelos fartos
sedosos e em bandós
em harmônicas ondulações
para mover ventos em moinhos de ventos a la Van Gogh...:
Os arcanjos marmanjos com arranjos de coração para clavicórdio
  com dedos de querubins
e serafins que se queimam
na fogueira da inquisição espanhola
com uma paixão grega
trágica!

Essa hipótese ( hipófise) angélica

incide em subsunção no fato
pois enquanto a hipótese de incidência é ato
ou pensamento humano
confinado no universo do ato mental
em modo de imaginação
ou de raciocínio lógico
formal
sem conteúdo ou matéria
o ato de subsumir-se no fato
 traz o arcanjo à baila
o qual então baila
e se queima em paixão
até achar a acha em brasa
do querubim grávido de amor
que se apaga pouco e pouco
ao sopro de oboé do músico eólico
o qual reacende a brasa da paixão de Eros e Vênus
dentro de um coração partido
mas paradoxalmente unido
pelo paroxismo do amor
( A paixão é uma apoplexia
obsoleta
Risoleta?!... )

Esse ato que vai da hipótese incidente
ao fato na qual se subsume
parte do cosmos em abstrato
ou do estético postulado pelo imaginário
se torna concreto no universo
empós a natividade
de uma criança
- o sempre menino
- menino Jesus sempre-vivo
tipo a sempre-viva! ( Helichrysum bracteatum )
em renôvo
vergônteas e primavera
acariciada na graça e graças às garras das gavinhas
que são  Íncubos e Súcubos
no vir-a-ser do virar do dia
a pastorear o verde na campina do violinista verde-garrafa
paramentado para o culto eclesial
eclesiástico
do homem...:
Druidas?!

Amo as crianças

mormente as minhas
- aquelas em cujo álveo
à montante e à jusante
derramei meu sangue
vermelho para a fuga na distância das galáxias chiantes
em meus ouvidos em conchas
buzinando na areia branca de teia de aranha e vida enredada
na herdade do senhor do aspargo ( Asparagus officinalis )
em gado verdejante nas crucíferas
crucificadas na cruz amarela do sol
pintado a dedo de menino Miró
tocando de oitiva
um violino de um violinista ouvido na caixa de ressonância do cereal
cálice de Ceres
senhora da cereja
da cerveja
da cerejeira
do cerebelo
- de Cérbero!

Sempre-vivo
amei os arcanjos
aqueles querubins pintados no caju
em nuances nas folhas
rescaldos na flor
e no odor exalado
no desenho que torce
retorce ( quase tosse! )
 e toma a estrututa do cajueiro
abrinho braços em abraços
de nadador sereno e velas na calmaria
no amplexo semi-abstrato trato com o espaço próximo
prócero
- como um próximo de Jesus
bonachão resiliente silente
ancho em mansidão
simples e pleno
até no tom cru dos matizes da mata virgem...
onde deita e rumoreja o arroio
até o arroz
- o arrozal
em aranzel aquífero

Sem ambargo do espargo

não me apaixona o fauno
a puberdade em pelos
em ânsia sexual
lúbrico
transbordando luxúria
lascívia
apetites
de fera
a fêmea em cio
besta exalando feromônio

( Inobstante

digo em digressão
que a única rainha de infância
que eu tinha até então
antes das maravilhas de  outras meninas
foi raptada mercê da leitura do burro de Goya
que interpretou o livro de lei
como exegeta inepto
e mau-caráter manifesto
- mais deficiente visual
que toda a imagem da Justiça
de olhos herméticos
infensos aos milagres de Cristo )
ou do Xisto betuminoso
ou argiloso
porém não ardiloso
na lousa

A paixão de minha filha

no coro do ditirambo da tragédia grega antiga
fez-me compreender o "pathos"
que havia na filosofia trágica de Nietzsche
- sofrimento vital
com perspectiva filosafante
dor no coração com estalo de alcaparra )

A cladística leva à idade do teatro
onde todos somos coagidos a ser ator
atriz imperatriz meretriz menestrel
merencórios atrabiliários fuscos enfarados capiongos
Tempo enfeixado e tecido com seda para vestir o corpo do adulto
frustrado vestido pelo desgraça
sem amor paixão à vista sexo alegria
excepto na farsa
que leva a leva de prisioneiros e prisioneiras à igreja
ao bar à sexualidade venal
ao amor boçal dos lupanares
à carga dos muares
abaixo da lua pintalgada de restos de abóbora
sob abóbada negra ou blandindo o branco
retinindo ao sol da manhã com pantufas de lã caprina
ovina
como se fora um gládio mole
olhando a mole
aonde vai o sol
bater o raio refletido de um alfange
à mão do monge
leigo e simbólico
dervixe
andrajoso

Por fim o tempo vem

tangendo o som no oboé elegíaco
da senectude
roufenha
mouca
louca
que humilha o ser humano
com os esgares da demência
as máscaras da bruxa e do palhaço
de nariz longo
adunco
e vermelho-pimentão
- até rebaixá-lo
abaixo do abacaxi
do ananás
e das evas daninhas
que acabam cobrindo a cabeça
com novo chapéu
- chapéu de cova rasa
a pisar o bestunto do ancião
calvície em cãs
sem can-can
sem o amor álacre do can-can!
- álacre no campo de alecrim
do alecrim-do-campo ( Baccharis dracunculifolia )
- do alecrim que fica em pé
observando a queda do homem
- o único anjo decaído
para sempre na folha do outono amarelo
- de uma flor amarela
gravada e pintada na elegia
de Goya na Quinta do Surdo
sem caprichos
com os carrapichos
a vicejar por caminhos de infinitas águas
- morto! :
emaranhado em seus signos 
em pergaminho enrolado
coberto de signos
qual a aranha morta 
em sua teia alva 
envolta
( A teia da aranha 
é um envoltório 
do corpo morto do aracnídeo
Artrópode  )